Quantos Estudiosos da Simbologia ?

hit counter

quinta-feira, 5 de março de 2009

Trapo simples de complexidade humana

Já passaste ao lado de um mal trapilho
E se passaste sentiste desdém
Mas esse mal trapilho não te é indifrente
Ele é como toda a gente mesmo não sendo ninguém
Nos teus olhos ele é nada mais que um parasita
Nada mais que um miserável
Um triste, coitado, abandonado
Para ti , nunca serás assim, achas inimaginavel
Esse farrapo velho de gente
De quem tu gozas, e abusas
É apenas uma das vitimas
Da humanidade que tu recusas
É melhor olhar para o teu umbigo
Que olhar para o mundo verdadeiro
Aquele onde tu és apenas mais um
Mais um como tantos um's
Onde se revela o lobo de pele de cordeiro
Aquele mundo que tu não imaginas existir
Mas que existe, e que te rodeia
O mal trapilho que tu odeias por assim ser
Mas por ser assim ele não te odeia
Enquanto cospes para o chão ao passar
Ele passa o dia a sorrir
Pode nem ter vontade de aqui andar
Mas ao contrario de ti prefere não fugir
Faz dele um verdadeiro homem como tu dizes ser
Um verdadeiro homem como te tentas vender
Um verdadeiro homem como querias ser quando crescer
Mas levanta a camisola, despata o teu umbigo e fica a olhar
Poque a bola de cristal só vai mostrar
Que tu seres um homem, jamais vai acontecer
Um dia outras gentes virão
E vais perguntar-te como ninguém percebeu
Quando vires esse mal trapilho que era vilão
E entenderes e gritares 'Este mal trapilho, também sou eu'